7a.
Olimpíada Ibero-americana de Química
Mar del Plata –
14 a 23 de outubro de 2002
EXAME EXPERIMENTAL
Observações importantes
·
No laboratório deve usar sempre óculos de
segurança ou os óculos pessoais caso tenham sido aprovados. Para encher a
pipeta use a pêra (bomba) apropriada.
·
Os participantes devem trabalhar
respeitando as condições de segurança, comportar-se socialmente de forma
correta e manter limpo o equipamento e o local de trabalho. A violação destas
regras pode ser punida com pontos de penalidade.
·
Por favor, leia cuidadosamente a totalidade
do texto das tarefas experimentais e estude a apresentação das folhas de
resposta antes de começar o trabalho experimental. Você tem 15 minutos para se
preparar para a realização do trabalho experimental.
·
Tem 5 horas para completar todas as
tarefas experimentais e registrar os resultados nas folhas de resposta. Você
será avisado 15 minutos antes do fim do tempo de prova. Deve interromper o
trabalho logo que a ordem de término seja dada. Um atraso de 5 minutos levará
ao cancelamento da tarefa, com a correspondente atribuição de zero ponto nessa
tarefa.
·
Este exame prático tem 2 (duas)
experiências. Para utilizar eficientemente o tempo disponível é necessário
fazer um plano de trabalho. Leia, cuidadosamente, a descrição das duas
experiências. Por vezes, a realização de experiências de forma simultânea pode
poupar um tempo considerável.
·
Todos os resultados devem ser escritos nas
caixas de resposta das folhas de resposta. Os resultados anotados fora destes
espaços não serão classificados.
·
O número de algarismos significativos nas
respostas numéricas tem de estar de acordo com as regras de avaliação do erro
experimental. A incapacidade de efetuar corretamente os cálculos será apenada,
mesmo que a execução experimental seja impecável.
Recomendamos a
você ler cuidadosamente as técnicas a seguir:
Reúna os
materiais a serem utilizados e prossiga atentamente as indicações na ordem em
que se detalha. Trabalhe seguindo as recomendações sobre segurança que foram
informadas anteriormente. Complete as folhas de respostas e entregue-as ao
supervisor do laboratório junto com as amostras A e B e a placa
de cromatografia ao terminar o exame.
Reagentes e soluções (1 conjunto para cada
estudante)
4 gramas de anidrido maleico
6 mL de HCl concentrado
Solução de água de bromo (Br2/H2O)
15 mL de solvente para cromatografia
(acetato de etila:etanol:àcido acético 4:1:0,01)
10 mL de acetona : metanol ( 1 : 1)
Solução tampão (NH3 / NH4+)
pH = 10
Solução padronizada de EDTA (Na2H2EDTA)
0,01 M (mol/L)
4 tubinhos contendo indicador Negro de
Eriocromo T (mistura sólida NET em NaCl)
4 tubinhos contendo indicador Murexida
(mistura sólida Murexida em NaCl)
Solução problema (aproximadamente 100 mL)
MATERIAIS DISPONIBILIZADOS (1 kit completo para cada
estudante)
1 bureta de 25,0 mL com torneira de Teflon®.
4 Frascos de Erlenmeyer de 250 mL
1 Erlenmeyer de 50 mL
1 pipeta volumétrica de duplo aferimento (2 traços) de 10,0 mL
2 pipetas graduadas de 5 mL
2 frascos de precipitados (béquer) 125 mL
1 proveta (cilindro graduado) de 50 mL
1 proveta de 10 mL
1 funil para encher a bureta
1 seringa para filtrado
4 discos de papel de filtro para a seringa
6 tubos de hemólises (tubos de ensaio)
1 estante para tubos de hemólises (tubos de ensaio)
5 pipetas Pasteur (gotejador de haste longa)
1 chupeta de borracha para pipeta Pasteur
1 tubo de ensaio de 20 mm de diâmetro e 150 mm de altura (tubo grosso)
1 vareta de vidro (agitador de vidro)
2 cristalizadores (placa de Petri) de 60 mm de diâmetro rotulados com
o código do estudante e as letras A
e B respectivamente.
1 placa de cromatografía em camada delgada
4 tubos capilares
1 rolha de borracha com tubo de vidro para ser usado como refrigerador a
ar
1 clipe para fixar placa
cromatográfica
1 arame
KIT ADICIONAL
1 suporte universal
1 garra para bureta (tipo Fischer)
1 pisseta (frasco lavador)
1 propipeta (pera de borracha)
1 bico de Bunsen com tubo de látex para gás
1 tela metálica (tela de amianto)
1 pinça de madeira
1 trípé de ferro
1 isqueiro
1 marcador de vidro (pincel atômico pilot)
1 espátula
1 cuba de cromatografía de 65 mm de diâmetro e 80 mm de altura, com
tampa de vidro
1 cuba saturada com vapores de iodo
1 escovinha
1 recipiente de
Isopor® (polietileno expandido) para banho de gelo
1 recipiente de
Isopor® com dessecante (CaO)
1 garra (pinça de
extensão, pinça metálica universal, pinça de metal)
1 fixador para
garra (fixar a garra no suporte)
Durante o exame
experimental utilizarás um procedimento de filtração utilizando uma
seringa de 20 mL com um disco de material plástico poroso que atuará como
suporte do papel de filtro. Este procedimento ilustra-se na Figura.
Procedimento
Foi fornecida uma seringa de 20 mL que possui um disco
de material plástico poroso que se ajusta perfeitamente no seu interior sobre a
sua base. Esta seringa tem um orifício pequeno à altura da marca de 15 mL
aproximadamente.
Retire o êmbolo da seringa e introduz o disco de papel de filtro sobre o disco poroso.
Molhe o papel de filtro com algumas gotas de solvente e coloque a
suspensão a filtrar dentro da
seringa.
Para filtrar, introduza o êmbolo na
seringa, tape o orificio com um dedo e faça descer o êmbolo até à altura do
orifício, sem ultrapassá-lo. Retire o dedo do orifício e suba o êmbolo.
Se for necessário, lave o
precipitado que permanecerá dentro da seringa com o solvente adequado,
repetindo o procedimento descrito no parágrafo anterior.
Para secar o precipitado, repita
duas vezes o ciclo descer/subir do êmbolo. Lembre-se que o orifício deve ser
mantido fechado quando o êmbolo desce dentro da seringa, e aberto quando o
êmbolo sobe.
Para retirar o sólido da seringa, introduza um arame
por baixo (observe a Figura). O disco de plástico subirá, arrastando o papel de
filtro juntamente com o precipitado. Se possível, realize esta operação evitando que o precipitado se desagregue. Retire lentamente
e com muito cuidado o sólido e coloque-o no recipiente que é fornecido para
esse fim.
7a. Olimpíada Ibero-americana de Química
Mar del Plata –
14 a 23 de outubro de 2002
EXAME TEÓRICO
Instruções
·
Você tem 5
horas para completar todas as tarefas e para registrar seus resultados nos
espaços (quadros) apropriados paras respostas. Interrompa seu trabalho
imediatamente depois de receber a ordem de parar. Uma demora de 3 minutos para
encerrar seu exame resultará em uma penalidade de 10 (dez) pontos em sua
qualificação total.
0°C = 273,15 K
R = 0,082 L atm K–1 mol–1
= 8,3145 J K–1 mol–1
1 J = 1 N m
= 1 kg m2 s–2
1 atm = 760 torr = 101325 Pa
1 bar = 105 Pa = 105 N m–2
1 F = 96485 C mol-1
Kw (298,15 K) = 1,00 x 10-14
Expressão da lei de Henry
para gases ideais:
pB = xB
kH,B onde B é o soluto
PROBLEMA EXPERIMENTAL Nº 1
Pontuação: 20
PONTOS
|
1.1 - 1.7 |
1.8 |
1.9 |
1.10 |
1.11 |
1.12 |
1.13 |
43,5
Escores |
24 |
1 |
6 |
4 |
4 |
2 |
2,5 |
OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS ÁCIDOS FUMÁRICO e MALEICO
Objetivo:
Obter os ácidos maleico e fumárico a partir de anidrido maleico. Purificar e
caracterizar ambos produtos.
Introdução:
Foi fornecida uma amostra de
anidrido maleico (C4H2O3) pesada precisamente
(aproximadamente 4 g), contida em um frasco com o rótulo: “XX-X (seu código de
estudante) /Anidrido Maleico / Peso: X,XXX g”.
A hidrólise do anidrido
maleico produz ácido maleico (que adiante identificaremos como A), o qual isolarás por filtração e
secarás em estufa para determinar o rendimento da reação.
Nos filtrados (águas mães)
restará uma considerável quantidade de A
dissolvida, que tratarás com HCl e calor a fim de obter ácido fumárico, B. Este será isolado, também por
filtração, e terá seu peso determinado.
Será realizado um ensaio com
Br2/H2O sobre A e
B. Estes compostos serão analisados por cromatografia em camada delgada
utilizando placas de sílica-gel.
Etapa I:
Hidrólise do anidrido maleico, obtenção do composto A.
1.
Escreva em sua folha de respostas o peso exato da
amostra de anidrido maleico que foi fornecida.
2.
Meça 5 mL de água com a pipeta ou com a proveta
(cilindro graduado) de 10 mL e transfira (verta) para o Erlenmeyer de 50 mL.
3.
Leve a água à ebulição. Para tal fim, coloque o
Erlenmeyer sobre a tela metálica apoiada no tripé de ferro e aqueça a água utilizando o bico de Bunsen. Retire o Erlenmeyer utilizando a
pinça de madeira e apague o fogo.
4.
Adicione, com cuidado e quantitativamente, o anidrido
maleico ao Erlenmeyer e agite a mistura até que o sólido desapareça.
5.
Deixe em repouso por 10 minutos e logo em seguida
resfrie a solução em um banho de gelo, utilizando um dos recipientes de
isopor®. Cristais do composto A serão obtidos.
6.
Filtre os cristais com a seringa, seguindo o
procedimento descrito no Anexo, tal como foi explicado oportunamente.
Recolha o filtrado no tubo de ensaio ”grosso”
(20 mm de diâmetro).
7.
Lave os cristais duas vezes, com 20 gotas de água
gelada cada vez, e recolha as águas de lavagem junto com o filtrado no mesmo
tubo grosso.
8.
Separe esta solução para realizar a Etapa II.
9.
Retire cuidadosamente os cristais da seringa e
coloque-os no cristalizador pequeno, rotulado com seu código de estudante e com
a letra A. Este cristalizador foi
pesado previamente e o supervisor escreverá esse dado em sua folha de respostas
durante a realização do experimento.
10.
Separe uma pequena quantidade de A e coloque-a em dois tubos de ensaio: um para a cromatografia em
camada delgada e o outro para o ensaio com água de bromo. Rotule estes tubos
convenientemente. Os cristais que foram separados para estes fins não afetarão
o rendimento e serão devidamente considerados durante a correção do exame.
11.
Leve seu cristalizador à estufa, que estará a 80°C.
Deixe-o ali durante, no mínimo, 90 minutos. O supervisor retirará seu cristalizador da estufa e você
o transportará a seu posto de trabalho dentro do recipiente de isopor® com CaO.
12.
Quando o cristalizador alcançar a temperatura
ambiente, pese-o e registre esse dado em sua folha de respostas. Neste momento,
solicite a assinatura do supervisor.
ETAPA II:
Obtenção do ácido fumárico (B)
1.
Rotule com seu código de estudante o tubo de ensaio
grosso que contém o líquido filtrado na
Etapa I, passo 6.
2.
Junte a esta solução
4 mL de HCl concentrado, medidos com a proveta de 10 mL.
3.
Fornecemos para você uma rolha de borracha atravessada
por um tubo de vidro que terá a função de refrigerante de ar. Feche o tubo
grosso com este dispositivo.
4.
Transporte o sistema assim montado para a capela e
ponha-o em uma das estantes existentes nos banhos de água em ebulição.
5.
Deixo-o neste local durante 15 minutos, retire-o com
sua pinça de madeira e espere até que esfrie.
6.
Separe por filtração os cristais de B, assim
obtidos, utilizando a seringa. Enxágüe-los muito bem com água destilada.
7.
Retire cuidadosamente os cristais da seringa e
coloque-os no pequeno cristalizador rotulado com seu código de estudante e com
a letra B. Este cristalizador foi pesado previamente e o supervisor
escreverá esse dado em sua folha de respostas durante a realização do
experimento.
8.
Separe uma pequena quantidade de B e coloque-a
em dois tubos de ensaio: um para a cromatografia em camada delgada e o outro,
para o ensaio com água de bromo. Rotule estes tubos convenientemente. Os
cristais que você separar para estes fins não afetarão o rendimento e serão
devidamente considerados durante a correção do exame.
9.
Leva seu cristalizador até a estufa, que estará a
80°C. Você deve deixá-lo ali durante 15 minutos, no mínimo. O supervisor
retirará seu cristalizador da estufa e você o transportará ao seu local de
trabalho dentro do recipiente de Isopor® com CaO.
10.
Quando o cristalizador tiver voltado à temperatura
ambiente, pese-o e registre este dado em sua folha de respostas. Neste momento,
solicite a assinatura do supervisor.
ETAPA III:
CARACTERIZAÇÃO
Desenhe
um esquema da placa em sua folha de respostas.
Dados
|
Solubilidade
em água a 20°C (expressa em g/100g de água) |
Ácido maleico (A) |
79,0 |
Ácido fumárico (B) |
0,7 |
FOLHA DE RESPOSTAS DO PROBLEMA EXPERIMENTAL Nº 1
g
1.1 Peso do anidrido maleico fornecido:
g
1.2 Peso do cristalizador
rotulado com a letra A, vazio:
g
1.3 Peso do cristalizador A com o composto A:
Cor:
g
1.4 Peso de A obtido:
g
1.5 Peso do cristalizador
rotulado com a letra B,
vazio:
g
1.6 Peso do cristalizador B com
o composto B:
g Cor:
1.7 Peso de B obtido :
Total 24 pontos (20 por rend. (A+B) e 4 por pureza s/ ponto de fusão e
CCD)
1.8 Cálculo do rendimento do
composto A em relação ao anidrido maleico fornecido:
Cálculos
%
Rendimento do composto A
1.9
Esquema da placa cromatográfica obtida indicando os
pontos de aplicação, as posições de A e B e a frente (front) do solvente.
6 Pontos
1.10
Ensaio
com Br2/H2O:
1.10.1
Amostra |
Sinal
do resultado observado no ensaio (indique + ou – conforme o resultado) |
branco |
|
A |
|
B |
|
1.10.2. Escreva a reação
geral de um ensaio positivo com a água
de bromo, nas condições do experimento.
1.11.1 Desenhe as estruturas
do anidrido maleico, e dos compostos A
e B.
Anidrido maleico Composto A Composto
B
1.11.2 Nomeie o composto A, segundo as regras
da IUPAC
1.12 Escreva as equações que representem as reações envolvidas nas
etapas 1 e 2 do experimento.
1.13 Indique se as seguintes
afirmações são verdadeiras ou falsas, escrevendo V ou F, respectivamente, nos
quadrinhos correspondentes:
Os
compostos A e B são estereoisômeros.
Os
compostos A e B são isômeros de posição.
O
composto A é menos polar que o
composto B.
Na
reação A ® B, o HCl atua como catalisador
A
reação A ® B é uma reação de adição-eliminação à
dupla ligação.
PROBLEMA EXPERIMENTAL Nº 2 Pontuação:
20 PONTOS
|
2.1 |
2.2 |
2.3 |
2.4 |
2.5 |
2.6 |
2.7 |
55 Escores |
22 |
2 |
22 |
2 |
1 |
3 |
3 |
COMPLEXOMETRIA: Determinação de Ca2+ e Mg2+
Objetivo:
Determinar a concentração de íons Ca2+ e Mg2+ numa
solução problema por titulação de complexação.
A presença dos íons Ca2+
e Mg2+ é muito comum na água natural e as suas
concentrações podem determinar-se por titulação de complexação, utilizando uma
solução de sal dissódico do ácido etilenodiaminotetraacético (Na2H2EDTA
ou EDTA) cuja concentração seja
rigorosamente conhecida.
O EDTA é um quelante de íons
metálicos. Na Etapa I, determinarás a
concentração total de íons Ca2+ e Mg2+ que reagem com
EDTA, em presença do indicador Negro de Eriocrómio T (NET). Na Etapa II
determinarás unicamente o Ca2+ por titulação com Murexida como
indicador. Para tal, precipitarás previamente o Mg2+ como Mg(OH)2
em meio fortemente básico ( pH ≥ 12,5).
ETAPA I:
Determinação da concentração de (Ca2+ + Mg2+).
· Coloque
50 mL de água destilada em outro Erlenmeyer de 250 mL.
· Adicione
3 mL de solução tampão de pH 10
e o conteúdo de outro tubinho que contém o indicador NET.
ETAPA II:
Determinação da concentração de Ca2+
1.
Coloque 10,0 mL da sua amostra problema num Erlenmeyer
de 250 mL
2.
Junte água destilada ao Erlenmeyer até obter um volume
de aproximadamente 50 mL.
3.
Adicione 3 mL de NaOH 5 mol/L e agite por
aproximadamente 2 minutos para permitir a precipitação do Mg2+ como Mg(OH)2. Este pode não ser
visível.
4.
Adicione todo o conteúdo de um dos tubinhos que contém
o indicador Murexida (Mx) que lhe foi fornecido.
5.
Agite o conteúdo do Erlenmeyer até dissolver o
indicador. Observarás uma cor vermelha.
6.
Prepara um teste que te permita reconhecer a cor do
indicador Murexida no ponto final da titulação e conserve-o junto das amostras que titularás para que te sirva
de controle. Para isso,
· Coloque
50 mL de água destilada num Erlenmeyer
de 250 mL .
· Adicione
3 mL de solução de NaOH 5 mol/L
e todo o conteúdo de um dos tubinhos que contém o indicador Murexida.
7.
Titule a solução
problema com a solução padronizada
de EDTA. A cor mudará de vermelho para violeta, até violeta permanente.
Determine o volume utilizado e escreva-o na sua folha de resposta.
8.
Repita esta operação mais duas vezes, no máximo, e anota o volume de EDTA utilizado
em cada caso em sua folha de resposta.
9.
Calcule a concentração de íons Ca2+ na amostra e escreve-a na sua folha de
respostas.
DADOS:
Constantes de formação, Kf, dos complexos metal-EDTA.
Íon metálico |
log Kf (M-EDTA) |
Ca2+ |
10,7 |
Mg2+ |
8,7 |
Constantes de ionização do H4EDTA:
pK1 = 2,07 pK2
= 2,75 pK3 = 6,24
pK4 = 10,34
A concentração exata da solução titulante é :
2.1 Registre, na tabela seguinte, o volume gasto em cada uma das
titulações com o indicador NET (ETAPA I):
ETAPA I |
Titulação 1 |
Titulação 2 |
Titulação 3 |
Leitura inicial na bureta
(mL) |
|
|
|
Leitura final na bureta
(mL) |
|
|
|
Volume de EDTA (mL) gastos
para atingir o ponto final do indicador
NET (mL) |
|
|
|
Volume de EDTA que será
utilizado nos cálculos: mL
2.2 Calcule a concentração total de íons (Ca2+ + Mg2+)
em mol/L-1 na amostra problema.
Apresente os cálculos no quadro seguinte.
A concentração de íons Ca2+
+ Mg2+ na amostra é: mol/ L
2.3 Registre, na tabela seguinte, o volume gasto em cada uma das
titulações com o indicador Murexida (ETAPA II):
ETAPA II |
Titulação 1 |
Titulação 2 |
Titulação 3 |
Leitura inicial na bureta
(mL) |
|
|
|
Leitura final na bureta
(mL) |
|
|
|
Volume de EDTA (mL) gastos
para atingir o ponto final do indicador Murexida (mL) |
|
|
|
Volume de EDTA que será
utilizado nos cálculos:
mL
2.4 Calcule a concentração
total de íons Ca2+ em mol/L na amostra problema. Apresente os
cálculos no quadro seguinte.
Mol / L
A concentração de íons Ca2+
na amostra é:
Mol / L
2.5 A partir dos resultados obtidos nos pontos 2.2 e
2.4, a concentração de íons Mg2+ na solução problema é:
2.6 Assinale a opção que
consideres correta, escrevendo um X no
quadrado correspondente:
2.6.1 Antes de iniciar a titulação da amostra:
O indicador encontra-se
livre |
|
O indicador encontra-se
complexado ao íon metálico |
|
2.6.2 Nos testes efetuados (ponto 6 das etapas I e
II):
O indicador encontra-se
livre |
|
O indicador encontra-se
complexado ao íon metálico |
|
2.6.3
Na titulação de (Ca2+ + Mg2+) com EDTA usando NET como
indicador, indique qual o cátion se complexa primeiro.
Ca2+ |
|
Mg2+ |
|
2.7 Indique qual das
espécies iônicas do EDTA é a predominante nas
seguintes condições, escrevendo uma X
no quadrado correspondente:
Na bureta: H4Y H3Y– H2Y2– HY3– Y4–
pH ≥ 12,5: H4Y H3Y– H2Y2– HY3– Y4–
Penalidades:
Você
pode solicitar materiais e/ou reagentes que se quebraram ou se acabaram,
respectivamente. A penalidade será de 2 Pontos por cada substituição.
PROBLEMA TEÓRICO Nº 1
Pontuação: 10 PONTOS
|
(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
35
Escores |
11 |
6 |
8 |
10 |
O
enxofre é uma substância que se encontra na natureza no estado elementar, em
grandes depósitos subterrâneos. Queima na presença de O2 produzindo
um gás incolor muito irritante, A. Ao ser borbulhado em água este gás
forma o ácido B .
A adição de peróxido de
hidrogênio à solução de B origina o composto C, que ao ser
tratado com uma solução que contém íons bário forma um precipitado branco, D.
D,
misturado com carbono, é calcinado em um cadinho de porcelana. Quando o resíduo
da calcinação, R, é tratado com ácido clorídrico, ocorre desprendimento
de um gás muito tóxico, de odor desagradável, E.
Quando E é borbulhado
sobre uma solução que contém íons cádmio um precipitado de cor amarela, F,
é obtido.
A reação do gás E com o gás A permite
recuperar o enxofre.
(a) Escreva
as equações balanceadas para todas as reações químicas dos processos
descritos, indicando o estado de agregação de cada espécie (substância
ou íon) participante.
(b) Quais
das reações químicas do item anterior são do tipo redox? Indique, em cada caso, a espécie que se
oxida e a que se reduz, tal como você as escreveu nas equações balanceadas do
item anterior.
(c) Faz-se
reagir, a temperatura e pressão constantes, dois volumes do gás A
com um volume do gás E, obtendo-se 0,96 gramas de enxofre e 0,36 gramas
de água.
(c1)
Que quantidades de A e E, expressas em mols, reagiram?
(c2)
Que quantidades de A e E, expressas em mols, foram misturadas?
(d) Desenhe as estruturas de Lewis de 2 (dois)
dos compostos formados (A a E) que apresentam igual hibridação
no átomo de enxofre (sp, sp2 ou sp3) porém,
geometrias diferentes.
PROBLEMA TEÓRICO Nº 2 PONTUAÇÃO: 10 PONTOS
|
(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
(e) |
(f) |
(g) |
32 Escores |
2 |
5 |
6 |
2 |
6 |
1 |
10 |
Nos
finais de 1920, a empresa Dupont lançou no mercado uma família de
hidrocarbonetos total ou parcialmente substituídos por átomos de flúor e cloro.
Denominados genericamente, como “clorofluorocarbonos”, estes compostos foram
também conhecidos, a partir do seu nome comercial, como “freons”. Inicialmente,
foram considerados entre os produtos mais extraordinários que foram inventados
pelo homem: as suas propriedades físicas conferem-lhes excelentes propriedades
refrigerantes, uma vez que são facilmente liquefeitos a temperaturas
ordinárias. Mesmo assim, são não inflamáveis, não tóxicos e quimicamente
inertes.
(a) Assinale,
com um X, no quadro correspondente
da sua folha de respostas, qual é a melhor condição de temperatura e pressão
críticas que deveria possuir um fluido refrigerante.
NOTA: Leve em conta que um ciclo de
refrigeração consiste das seguintes etapas (realizadas num recipiente fechado):
a) liquefação do gás por compressão; b) refrigeração do gás liquefeito por
transferência de calor para o ambiente; c) vaporização do líquido a baixa
pressão.
O CCl2F2
foi amplamente utilizado como fluido refrigerante e como propulsor nas latas de
aerossóis, antes de se conhecer a sua capacidade de destruir a camada de
ozônio.
(b) Que
quantidade de CCl2F2 deve ser evaporada para congelar 180
g de água que está, inicialmente, a 20ºC?
A quase totalidade dos
contaminantes gasosos é oxidada rapidamente na troposfera pelos radicais OH.
Este é o caso da maioria dos hidrocarbonetos, RH, para os quais a constante de
velocidade da reação (cuja lei de velocidade não
depende das concentrações dos produtos):
RH + OH. → R. + H2O (1)
tem um alto valor médio,
mesmo nas baixas temperaturas da troposfera.
(c) Para
uma concentração constante de radicais OH a constante de velocidade de reação
(1), a 250 K, é 4 x 10–5 s-1. Calcule, nestas condições,
o tempo de vida média (período de meia-reação) de RH.
Os seguintes itens lhe
permitirão analisar a eficiência da reação de oxidação por OH no caso de um
composto clorofluorocarbonado.
Para o CCl2F2
a reação com radical OH, no estado gasoso, pode ser representada como:
CCl2F2 +
OH. .CClF2 + HClO (2)
(d) Estime a entalpia molar
padrão, a 250 K, da reação (2), DrHө2.
(e) Calcule a energia de
ativação a 250 K das reações diretas (Ea2),
sabendo que, para a reação inversa, k–2 = 1,0´108
exp [-1504/T (K)] L.mol–1s–1.
(f) Considerando que para um
contaminante ser eliminado na troposfera pelos radicais OH, a energia de
ativação da reação de oxidação deve ser menor que 15 kJ mol–1,
indique se a reação (2) é efetiva para remover os freons.
A solubilização dos
contaminantes na chuva ou na água líquida presentes na atmosfera constitui
outro mecanismo de remoção dos mesmos.
(g)
Considere uma atmosfera a 298 K com um alto conteúdo de umidade (névoa).
Suponha que esta “névoa” é um sistema de duas fases (líquido/gás) com uma
relação de volumes VL/VG = 10–5 e que
todos os gases se comportam idealmente. Estime a relação entre as quantidades
de CCl2F2 dissolvidas na fase líquida e na fase gasosa
respectivamente (nL/nG). Com base no seu
resultado, indique se o mecanismo de solubilização é eficiente no caso dos
clorofluorocarbonos.
Dados:
DHө(C–Cl, 250 K) = 338 kJ mol–1 |
Cp (H2O, ℓ) = 4,184 J mol–1 K–1 |
DHө (O–Cl, 250 K)= 203 kJ mol–1 |
kH (CCl2F2)
= 2,5´106 kPa.
|
DfusHө (H2O, 273,15 K) = 6,0 kJ mol–1 |
Vm (H2O, ℓ) = 1,8 ´10–5 m3 mol–1 |
DvapHө (CCl2F2, 243 K) = 34,7 kJ mol–1 |
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PROBLEMA TEÓRICO Nº 3 Pontuação: 10 pontos
|
(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
(e) |
26 escores |
5 |
8 |
6 |
3 |
4 |
Em condições
de pressão e temperatura ambiente o iodo elementar é um sólido escuro com
brilho metálico, ligeiramente solúvel em água. Entretanto, sua solubilidade
aumenta na presença de íons iodeto, com formação do ânion I3–.
Para
resolver as questões seguintes utilize os dados da Tabela que está no final
deste enunciado.
(a) A dissolução
do iodo em água pura pode ser representada pela seguinte equação:
I2(s)
I2(aq) (1)
(a1)
Calcule a constante de equilíbrio da reação (1), a 298,15 K.
(a2) Calcule a solubilidade do I2 em
água, a 298,15 K, expressa em mol L–1 .
(b) Quando se
misturam 6,243 gramas de I2 e 0,0526 moles de KI (s) com água a seguinte reação é produzida :
I2 (aq) + I– (aq)
I3– (aq) (2)
Uma vez
alcançado o equilíbrio a 298,15 K, a concentração do ânion triiodeto é 0,0235
mol/L. Calcule a massa de iodo livre dissolvido I2(aq) e a massa de
iodo que resta sem dissolver I2 (s), se o volume final da fase líquida é igual a 1 L.
(c) Deduza,
escrevendo as equações correspondentes, uma expressão teórica para a constante
de equilíbrio, K, da reação (2) que dependa explicitamente, além da
temperatura e de outras constantes fundamentais, do DfGө (I2(aq), T) e dos potenciais Eө3(T) e Eө4(T) das semi-reações (3) e (4)
mostradas a seguir:
½ I2 (s)
+ 1 e– I–(aq) (3)
I3–(aq) +
2e– 3 I– (aq) (4)
(d) Ao sistema
em equilíbrio descrito em (b) adiciona-se, gota a gota, uma certa quantidade de
Pb(NO3)2 0,120 mol L–1, até o aparecimento de
um precipitado amarelo de iodeto de chumbo. Calcule quantas gotas da solução
aquosa de Pb(NO3)2
deverão ser adicionadas, no mínimo, para iniciar a precipitação.
(Despreze o
volume adicionado em relação ao volume inicial de solução e considere gotas
uniformes de volume 0,05 mL).
(e) Se
continuamos adicionando Pb(NO3)2 observa-se a formação de
um produto sólido escuro.
(e1)
Indique a direção do deslocamento dos equilíbrios das reações (1) e (2) que são
produzidos com a adição de Pb(NO3)2.
(e2)
Identifique o sólido.
Tabela de dados:
K (reação 2; 298,15 K) |
733,5 |
DfGө
(I2(aq), 298,15 K) |
16,4 kJ mol–1 |
Ks (PbI2, 298,15 K) |
1,4 x 10–8 |
PROBLEMA TEÓRICO Nº 4 PONTUAÇÃO: 10 PONTOS
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(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
(e) |
(f) |
34 escores |
7 |
7 |
6 |
6 |
3 |
5 |
O composto A (C10H14O) reage
imediatamente com o reagente de Lucas para dar um óleo insolúvel.
A oxidação de A com ácido crômico produz B, o qual, tratado com
2,4-dinitrofenilhidrazina dá um precipitado vermelho-laranja. No entanto,
quando se oxida A com permanganato
de potássio alcalino quente e posterior acidificação, obtém-se vários produtos,
entre os quais se pode detectar C,
um ácido que tem uma massa molar de 122 g.mol-1.
Quando se aquece A com H2SO4
concentrado produz-se D, que descora
a água de bromo. A ozonólise de D
leva à formação de E e F. Estes últimos dão reação positiva
com 2,4-dinitrofenilhidrazina e com o reagente de Tollens, mas somente F dá positivo o ensaio de Fehling.
Se o composto E é aquecido com uma solução alcalina
concentrada, obtém-se dois produtos, que depois de acidificados são
identificados como C e G.
(a) Escreva as estruturas
dos compostos A até G.
(b) Escreva os nomes dos
compostos A até G.
(c) Quantos estereoisômeros
têm o composto A? Desenhe uma
projeção para cada um dos possíveis estereoisômeros e indique as configurações
absolutas dos mesmos.
(d) Quantos estereoisômeros
têm o composto D? Desenhe as
estruturas de todos os possíveis estereoisômeros e dê os respectivos nomes.
(e) Em que condições se
devem realizar a ozonólise do composto D
para obter os compostos E e F?
(f) Numere os átomos de
carbono do produto D que você
desenhou em forma arbitrária e indique quais deles estão no mesmo plano.
PROBLEMA TEÓRICO Nº 5
Pontuação: 10 PONTOS
|
(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
(e) |
(f) |
(g) |
42
Escores |
5 |
7 |
5 |
5 |
5 |
10 |
5 |
A trealose (A) é um dissacarídeo encontrado nos
fungos venenosos Amanita muscaria.
A fórmula molecular de A é C12H22O11.
O tratamento de A com HCl 2 mol L–1
a 40ºC dá a D-glicose como único produto.
(a) Desenhe a projeção de
Fischer da D-glicose.
(b) Em geral, os
monossacarídeos dissolvidos em água formam facilmente hemi-acetais piranósicos.
Então, em uma solução aquosa de D-glicose está presente (na folha de respostas,
marque com um X o quadrado correspondente à opção correta):
i- o anômero b.
ii-
uma mistura de anômeros a y b.
iii-
a forma aberta.
iv-
o anômero a
(c) Desenhe a estrutura da a-D-glicopiranose.
(d) Os monossacarídeos
reagem com uma solução obtida por passagem de
HCl (g) sobre CH3OH (ℓ) para dar metil-glicosídeos. Desenhe
a(s) estrutura(s) do(s) metil-glicosídeo(s) da D-glicopiranose.
(e) Desenhe a conformação
preferencial do metil b-D-glicopiranosídeo.
(f) o composto A não reduz o reagente de Tollens
(reagente: Ag(NH3)2+/NaOH a 25ºC).
No entanto, o composto A reage com a-glicosidase
(hidrólise enzimática específica para a D-glicopiranose) para dar novamente
como único produto a D-glicose. Quando A
é tratado com b-glicosidase, recupera-se o composto A intacto.
Estes resultados experimentais indicam que a ligação glicosídica
da trealose é (na folha de respostas, marque com um X o quadrado correspondente
à opção correta):
i- b ii- a iii- a (1,1') iv- a (1,4')
v- b (1,1')
(g) Desenhe a estrutura do
dissacarídeo A e marque com um
círculo a ligação glicosídica.
PROBLEMA TEÓRICO Nº 6 PONTUAÇÃO:10 PONTOS
|
(a) |
(b) |
(c) |
(d) |
(e) |
(f) |
34
escores |
2 |
4 |
2 |
4 |
16 |
6 |
Para a purificação de uma
enzima, um professor de bioquímica solicita ao seu ajudante a preparação de uma
solução tampão (reguladora de pH), utilizando os materiais e dados que o
professor lhe deixou sobre a bancada do laboratório:
(a)
Que pares conjugados ácido–base, úteis para o objetivo proposto, poderiam se
formar em solução a partir das sustâncias disponíveis?
(b)
Para cada par conjugado, escreva as equações químicas que representem o
equilíbrio que relaciona ambas as espécies, e indique o valor da constante de
equilíbrio, K, que corresponde a cada caso.
(c)
O procedimento para a purificação da enzima requer uma solução tampão de pH=10.
Qual par do item (b) o ajudante deveria escolher para prepará-la?
(d)
Para uma solução tampão de pH = 10, calcule a concentração da base conjugada em
equilíbrio, em mol L–1, se a concentração da espécie ácida é de
0,25 mol L–1.
(e) Deve se preparar 500 mL da solução tampão
de pH = 10. Para atingir este propósito, o ajudante conta com as seguintes
possibilidades, a partir dos materiais que lhe foram entregues:
(e1)
utilizar um ou dois sólidos e água destilada.
(e2)
utilizar um sólido, a solução de HCl e água destilada.
(e3)
utilizar um sólido, a solução de NaOH e água destilada.
Para
cada uma das possibilidades anteriores, calcule a massa dos reagentes sólidos e
o volume das soluções, ácida ou básica conforme o caso, que o ajudante deveria
utilizar para preparar a solução requerida.
(f) Calcula o pH da solução
que resulta da adição de 5 mL de HCl 6,000 mol L–1 aos 500 mL da
solução tampão de pH = 10 recém preparada.