Mensagem do Presidente do Conselho de Reitores das Universidades Cearenses aos participantes das Olimpíadas de Química.


 

Corrida para o saber

             Muito me contenta apresentar ao público estudioso do Brasil o opúsculo que enfeixa todos os passos da organização, realização e resultados da Olimpíada Brasileira de Química - 1998 e da IV Olimpíada Norte/Nordeste de Química, realizadas no decorrer deste ano.

             O povo do Ceará é acostumado a aplaudir iniciativas dessa natureza, que, inclusive, já transpôs os umbrais no Nordeste e correu o País a fora, em razão do seu alcance informativo a respeito desta ciência, que desfruta do máximo prestígio por parte da humanidade, e que tem evoluído de modo extraordinário, porquanto constantemente estudada e pesquisada em todo o mundo, em razão de sua notável aplicação prática.

            A Olimpíada Norte/Nordeste de Química integra um programa maior - o Projeto Olimpíadas de Química - , realizado anualmente por um consórcio de instituições de ensino e pesquisa, como a Universidade Federal do Ceará, UECE e Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa - FUNCAP, com o apoio do NECIM - Núcleo de Ensino de Ciências e Matemática (UFC).

            A promoção visa, entre outros objetivos, a estimular o ensino, o estudo e a investigação no campo desse saber, incentivando, através da relação ensino-aprendizagem, o entrosamento dos professores universitários, bem assim de docentes e estudantes das escolas pré-acadêmicas, buscando, também, a descoberta de jovens talentosos e com aptidão para desenvolver o estudo e as pesquisas na matéria.

          A fama da Olimpíada extrapola os limites do Brasil, pois são bem sucedidas as investidas de estudantes nordestinos - representantes do Ceará, também nas competições internacionais. As escolas superiores cada vez mais valorizam e aprimoram os exames de química, enquanto as descobertas, referendadas pelos comitês próprios em eventos internacionais, emprestam cada vez mais vigor a este ramo do conhecimento de larguíssimo emprego no dia-a-dia da indústria, agricultura e serviços, sem ser atropelada (como a finada máquina de escrever, pelo computador) por qualquer conhecimento surgente. É que as transformações substanciais da matéria precisam ser conhecidas, como também os caracteres dos corpos, as maneiras de estes agirem entre si; e as leis científicas que regem essas ações têm de ser estabelecidas para permitir que esta ciência sirva para o bem comum. Aqui, entra o componente ético, sem o qual a química é passível de facilmente se prestar a expedientes escusos, deletérios do homem, da natureza, e até do cosmos - como ocorre com os gases que destroem a camada ozônica.

            Por este pequeno exemplo de sua importância, pode-se explicar o sucesso dos estudos e investigações que ocorrem, diuturnamente, e em todo o orbe, no campo da química e de suas consorciações com outros saberes - como a físico-química e a bioquímica, por exemplo - e onde quer que atuem matéria e corpos, e em qualquer lugar onde se ocorre a ação de uns sobre os outros.

          Daí a importância da Olimpíada, que recebe o meu aplauso, da minha Universidade, a UVA, e do Conselho de Reirores, na certeza de que esses pequenos annales serão lidos pelos interessados, servindo de estímulo a outras participações nas promoções subseqüentes e, quem sabe, se prestem como indicativo para novos participantes.

          Parabéns aos organizadores, mestres e estudantes e um agradecimento especial às instituições promotoras.

Sobral, 23 de novembro de 1998

José Teodoro Soares

Reitor

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