Futuro promissor


    

      É com freqüência cada vez maior que nos deparamos com comentários, em artigos diversos, que demonstram estarmos penetrando firmemente na "sociedade do conhecimento". Desapercebidos do que se passa ao nosso redor, o mundo caminha acelerado nesta direção. Nossa inserção é inevitável e pode causar temores, pois, "a chamada sociedade do conhecimento caracteriza uma revolução nunca dantes vaticinada pelos profetas, apocalípticos ou não" (W. Ludwig), ela provocará, como conseqüência, segundo o mesmo, um genocídio dos despreparados". .

            É deste mundo apocalíptico que surge a figura do educador, agente transformador de nossa sociedade, co-responsável pela formação das futuras gerações. Inquietos no dever de transmitir o saber, os arautos da Ciência, tocados pelo Ilapso, abraçam este sacerdócio cientes do dever de promover essas mudanças. Como instrumento pedagógico voltado para o estímulo e valorização da Química, a OBQ tem contribuído substancialmente para a formação de mestres. Já se contam dezenas deles, hoje competentes docentes, que ensaiaram seus primeiros passos nesta profissão imediatamente após realizarem destacada participação nas Olimpíadas de Química..

           Na qualidade de educadores temos de apostar firmemente na educação, missão exige viver em constante estado de otimismo, apesar das distorções que esta "sociedade do conhecimento" não conseguiu modificar: míseros seis bilhões de dólares são investidos no ensino básico, comparados aos 780 bilhões que alimentam as indústrias de armamentos, os 117 bilhões em gastos na manutenção de animais de estimação e os 20 bilhões em consumo de perfumes e cosméticos (PNUD/UNESCO, 1998). A imagem deste "mundo internacionalizado" refrange em nossas retinas numa forma ressonante com a vivenciada no nosso cotidiano, reflexo do "mundo globalizado" que temos de conviver.

            O clima de apreensão vivido nos tempos atuais, conseqüência de atentados e guerras, expõe a Química e ciências afins a situações desconfortáveis. Cabe a nós, educadores e amantes dessas ciências, lutar pela superação deste problema. Nesta visão apocalíptica, os rumos do futuro estão inexoravelmente em suas mãos, jovens participantes destas "olimpíadas do conhecimento", em vocês depositamos as nossas esperanças..

            Em tempode otimismo, os que fazem as olimpíadas do conhecimento festejaram o lançamento do Edital 07/2001 do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico , uma meritória iniciativa desse órgão de fomento que contribuirá de forma substantiva para a popularização das ciências. Com este apoio, espera a Olimpíada Brasileira de Química impulsionar seus planos de interiorização, libertar-se dos grilhões fincados nos portais da subsistência e socializar esta idéia de modo a oportunizar a participação de um maior número de jovens. No referido Edital, ao reconhecer a importância desse evento, o CNPq considera que "um dos principais desafios colocados pela sociedade do conhecimento corresponde à necessidade de preparar os cidadãos para a vida em um mundo permeado pela ciência e tecnologia, de modo a facilitar sua inserção crítica e sua atuação em ambientes tecnológicos cada vez mais complexos". Criadas com este mister, o papel das olimpíadas não tem sido outro senão gerar mecanismos de estímulo aos jovens vocacionados para esta Ciência, preparando-os para a aquisição de conteúdos dentro das exigências do mundo moderno, galvanizado em princípios éticos e no respeito aos semelhantes. Com o objetivo de evidenciar os resultados deste trabalho, introduzimos, nesta edição, o capítulo Depoimentos, e nele transcrevemos o testemunho de ex-alunos, participantes das olimpíadas, hoje, bem-sucedidos profissionais, que tiveram a Química como elemento determinante de suas vidas.

            Na qualidade de educadores temos de apostar firmemente na educação, missão exige viver em constante estado de otimismo, apesar das distorções que esta "sociedade do conhecimento" não conseguiu modificar: míseros seis bilhões de dólares são investidos no ensino básico, comparados aos 780 bilhões que alimentam as indústrias de armamentos, os 117 bilhões em gastos na manutenção de animais de estimação e os 20 bilhões em consumo de perfumes e cosméticos (PNUD/UNESCO, 1998). A imagem deste "mundo internacionalizado" refrange em nossas retinas numa forma ressonante com a vivenciada no nosso cotidiano, reflexo do "mundo globalizado" que temos de conviver.

            Outro fato marcante de merecido destaque foi o ingresso da Abiclor – Associação Brasileira da Indústria de Álcalis e Cloro Derivados como parceira deste evento. Em tempos atuais, apostar na juventude, é uma demonstração de sintonia com o futuro, "alvejando" o caminho que haveremos de trilhar em 2002. Este acontecimento reveste-se de relevância em decorrência da importância do segmento que representa: um setor da economia intrinsecamente ligado à Química, cujo parque industrial brasileiro responde por 60% do mercado latino-americano. Agradecemos ao Dr. Martim Afonso Penna, diretor executivo da Abiclor, que não mediu esforços para que esta parceria se estabelecesse e por sua especial distinção, ao transmitir, por ocasião da solenidade de encerramento da OBQ, mensagem de otimismo e congratulações aos participantes deste evento encaminhada, por seu intermédio pelo Dr. William F. Carroll, Jr., que dirige o Comitê de Atividades Internacionais da American Chemical Society.

            Por outro lado, temos a registrar, penarosamente, a quebra da seqüência das olimpíadas ibero-americanas. Programada para acontecer em outubro passado na cidade de Valparaíso, fomos tomados de surpresa e desapontamento com a notícia da não realização do evento. Os chilenos não conseguiram superar as dificuldades surgidas e deixaram de realizar a VII Olimpíada Ibero-americana de Química. Apesar do esforço dos membros dessa comunidade para manter a seqüência, não está prevista a realização de um evento substitutivo. Contudo, sua continuidade está confirmada para o mês de outubro de 2002, na cidade de Mar del Plata, na Argentina .

            Por fim, renovamos os nossos agradecimentos aos promotores da olimpíada, UFC, UECE, UFPI e FUNCAP, aos habituais patrocinadores Petrobrás e Grupo Editorial Saraiva/Atual, que mantiveram acesa a chama deste espírito olímpico; ao irrestrito apoio da Associação Brasileira de Química, realizador deste evento e ao CNPq, que viabilizou a participação brasileira na 33rd IChO e, àqueles que nos cercaram de estímulos, notadamente o Prof. Francisco de Assis Melo Lima, na qualidade de Pró-reitor de Extensão da UFC partícipe da maior dimensão alcançada pelo evento; o Prof. Dr. José Arimatéia Lopes, Diretor do Centro de Ciências da UFPI, que assumiu as atividades da coordenadoria pedagógica durante o corrente ano se responsabilizando pela preparação e correção dos exames teóricos; o Prof. Dr. Antônio Carlos Pavão, da UFPe e diretor do Museu Interativo Espaço Ciência, com muita competência realizou o exame de cunho experimental; o Prof. Geraldo Jesuíno, diretor da Imprensa Universitária, mestre da programação visual, proporcionou especial atenção a este trabalho, e os incansáveis e desprendidos coordenadores estaduais, sustentáculos do evento nos mais diferentes rincões, contribuíram sobremaneira na transposição das dificuldades, cada vez maiores, conseqüentes do crescimento desta atividade.

Sérgio Melo

 


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