Depoimentos  -  2002

 

Química: uma ciência apaixonante

 

      Iniciei minha participação em olimpíadas a partir do ensino fundamental, pois ingressei neste evento quando fazia a 6ª série. À época, participei da Olimpíada Estadual de Ciências, mas ainda não tinha muitos conhecimentos do que seria a Química.

      Na 8ª série tive que optar entre a Química e a Biologia, uma vez que, naquele ano, as duas não estariam juntas nas Olimpíadas de Ciências. Mas esta escolha não seria muito difícil, pois a Química me deixava intrigado com o ar misterioso dos “cientistas malucos”.

      Durante os quatro anos em que participei de Olimpíadas de Química, algumas vezes sentia um certo desânimo, mas a sede de ver os “mistérios” da Química serem desvendados por nossos professores, fazia com que todo esse desânimo desaparecesse. Assim, muito mais do que boas colocações, medalhas e diplomas, as Olimpíadas de Química são feitas com empenho, dedicação e, por que não, paixão de seus participantes, professores e organizadores.

      Hoje estou cursando Engenharia Química na Universidade Federal do Ceará, e posso dizer que as Olimpíadas de Química são apenas o passo inicial para qualquer futuro brilhante junto a esta área da Ciência. Assim, esta enorme experiência de busca do conhecimento foi fator determinante na escolha de minha profissão, pois com esses poucos anos de convívio com a Química tive a certeza de que este “caso de amor” se manteria por longos e duradouros anos. E tenho convicção de que vários outros colegas que tiveram esta mesma certeza ingressarão em cursos de Química em várias Universidades do Brasil e até do exterior, impulsionando esta Nação para o progresso social e científico de que necessitamos tanto.

Michel Ângelo Fernandes Ferreira Lima

Medalha de ouro na VI Olimpíada Norte/Nordeste de Química

Medalha de Prata na VI OIAQ, Caracas

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Nancy, 05 de fevereiro de 2002

 

Relato, a seguir, minha experiência em Olimpíadas de Química ressaltando os benefícios para minha vida acadêmica e profissional.

Meu interesse pela Química surgiu no final de 1993. Naquela época, eu estava terminando a sétima série e a coordenação do colégio onde eu estudava (Colégio 7 de Setembro) iniciava a convocação de estudantes interessados em participar da Olimpíada Cearense de Química do ano seguinte.

O meu bom e inesperado resultado obtido na IV Olimpíada Cearense de Química (1994) incentivou-me a continuar participando em tal evento nos três anos subseqüentes. Assim, durante quatro anos (1994 a 1997), participei de quatro Olimpíadas Cearenses e duas Norte/Nordeste.

De fato, costumo dizer que as Olimpíadas me trouxeram conseqüências altamente positivas, dentre elas, o despertar do meu interesse pela Química, uma melhora considerável no nível dos meus estudos (inclusive em disciplinas além da Química), um primeiro contato com a universidade, uma convivência mais estreita com os professores; e, principalmente, a elevação da minha auto-estima, e os hábitos de ler, escrever e estudar adquiridos. Foi por intermédio da Química que consegui meu primeiro emprego, ministrar aulas em cursinho. Gostaria de ressaltar também que, devido às Olimpíadas, tive a oportunidade de participar da 2000 American Chemical Society Pan-American Conference, onde selei contatos com estudantes e professores, que duram até hoje.

Atualmente, sou estudante de Engenharia de Processos da Ecole Nationale Supérieure des Industries Chimique (ENSIC) do Institut National Polytechnique de Lorraine (INPL). Faço parte de um programa de intercâmbio educativo e cultural, chamado Graduação Sanduíche, promovido pela CAPES (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com o governo francês. O programa consiste em 3 etapas que somam 13 meses: um estágio lingüístico, atividades acadêmicas de Engenharia na ENSIC, e um estágio em uma indústria química francesa. Após esse tempo, desejo retornar ao Brasil, com o intuito de terminar meus estudos de graduação em Engenharia Química, iniciados na Universidade Federal do Ceará.

Expedito José de Sá Parente Júnior

Indicado pela OBQ para representar o Brasil na

2000 American Chemical Society Pan-American Conference