Depoimentos  -  2001

 

A minha primeira aula preparatória para a Olimpíada de Química ocorreu no ano de 1991. Confesso que não me apaixonei, de imediato, por essa ciência, foi necessário descobrir sua beleza aos poucos, em cada aula, cada ensinamento dos professores. Essa descoberta mais profunda só foi possível graças à Olimpíada de Química.

 

A curiosidade e a vontade de aprender mais sobre essa ciência me estimularam a prestar o vestibular para Química. Ingressei no curso de química da Universidade Federal do Ceará no ano de 1995. Quatro anos depois me graduei e, logo em seguida, iniciei o curso de Mestrado em Química Inorgânica, na mesma instituição. Em maio deste ano, defendi minha dissertação de Mestrado, logrando sucesso.

 

Dizer que a Olimpíada de Química foi importante na minha escolha profissional, na minha vida, seria injusto. Na verdade, ela foi fundamental. Hoje, como professor entusiasmado, procuro despertar nos meus pupilos a curiosidade, o interesse a paixão por essa ciência. Tenho certeza que, cada vez mais, alunos bem preparados e estimulados ingressarão em cursos de nível superior em Química, contribuindo para o avanço social e científico da Nação.

Prof. Felipe Custódio

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Olimpíada de Química – uma fascinante aventura...

Sou estudante do último ano de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Meu vínculo com essa Universidade, entretanto, já data de alguns anos, quando me interessei por uma espécie de “competição intelectual” que, à época, dava seus primeiros passos: a Olimpíada Cearense de Química.

Organizada pelo NECIM – Núcleo de Ensino de Ciências e Matemática da UFC, e com o apoio de diversas instituições vinculadas ao ensino de nível médio (então 2º grau) e superior, a Olimpíada reunia, como o faz hoje, centenas de estudantes oriundos de vários colégios, públicos e particulares, de todo o Estado.

Muito mais do que medalhas, diplomas e troféus, a Olimpíada tem proporcionado a seus participantes a incrível e gratificante experiência de dedicar-se ao estudo da Química. Através desta instigante fórmula de estímulo ao aprendizado, conseguíamos não apenas gostar de Química, mas vê-la e aplicá-la nas diversas situações do cotidiano, das mais comuns aos enigmas até então incompreendidos – por exemplo, foi compensador entender porque o saleiro sempre “entupia” naqueles dias de chuva...

Ao mesmo tempo, as amizades consolidadas na preparação para as provas e o congraçamento de todos no dia tão esperado fizeram parte desta história. A ansiedade pelo resultado se misturava à indisfarçável alegria por vivenciar aquele momento. Momento este que, a partir de então, jamais seria esquecido. Ao término da prova, já batia a saudade... pelo menos até o final do ano, quando a festa de premiação nos reunia novamente em torno de uma comemoração acalorada e marcante.

O aprendizado de Química e o raciocínio científico são as maiores heranças contabilizadas após esse ano de jornada. Nos meus três anos de Olimpíada de Química – meus últimos como estudante colegial – cada noite de preparação, cada hora dedicada ao estudo e cada vitória alcançada têm seu lugar reservado nas lembranças do hoje universitário, prestes a alçar novos vôos. Ainda hoje, é agradável encontrar os amigos da  época de Olimpíada e lembrar antigas e sempre boas experiências. O conhecimento acumulado e a vivência do que é participar da Olimpíada Cearense de Química são privilégios dos alunos e professores que em torno dela se engajam e que nela acreditam. Ontem como aluno e hoje como professor, posso afirmar que a Química tem sido parte integrante de minha trajetória acadêmica.

Miguel Ângelo Gomes Borges Leal

 

1º lugar na Olimpíada Cearense de Química – Modalidade I – 1993

2º lugar na Olimpíada Cearense de Química – Modalidade II – 1994

3º lugar na Olimpíada Cearense de Química – Modalidade II – 1995

Professor das turmas de Olimpíada de Química do Colégio 7 de Setembro desde 1996