A  QUÍMICA  DA  JUVENTUDE

 

       A meu ver, as olimpíadas, como um todo, podem desempenhar (e já desempenham!) um papel relevante na melhoria dos ensinos médio e superior, ao levar os estudantes a aprenderem novas técnicas, idéias e problemas, que os estimulam e os encantam. Além disso, ao incentivar o intercâmbio entre as escolas e a universidade e ao revelar talentos nas diversas áreas, as olimpíadas contribuem para o descobrimento de jovens vocacionados para o “fazer ciência e tecnologia”, o que enriquecerá, futuramente, o trabalho de ensino e pesquisa científica da universidade e levará o estado, quem sabe, a desenvolver tecnologias mais avançadas. Por isso, creio que as escolas, a universidade e também o governo estadual devem aumentar cada vez mais o incentivo à olimpíada de forma que ela cresça qualitativamente e em número de participantes.
 
      Particularmente, eu sou extremamente grato às olimpíadas, não somente por me proporcionarem vitórias, alegrias e viagens durante a minha vida escolar, mas também por me darem o prazer de resolver problemas desafiadores, descobrir idéias e técnicas interessantíssimas e, finalmente, por fazer-me descobrir a minha vocação para o campo das ciências exatas.
 
Rafael Tajra Fonteles
Medalha de Bronze na 34th International Chemistry Olympiad, Groningen - 2002

 

 

       A descrição de minhas sensações em relação à 1ª olimpíada são essenciais por terem determinado todo meu futuro. Daí em diante não parei mais de participar: fui ouro nas piauienses seguintes, cheguei a ouro também nas Olimpíadas Norte-nordeste e Brasileira de Química, até que em 2000 fui à Ibero-americana em Caracas-Venezuela (sendo bronze). A necessidade de saber mais e mais se tornou constante.
      Todas, sem exceção, me fizeram perceber que eu poderia ultrapassar meus limites, vencer. Não era fácil, nem significava vitória certa, mas possível e empolgante. Acima de tudo aprendi a amar Química.
        Aqui no IME já me decidi qual da engenharias escolher, e mais uma vez algo de bom ficou dos meus anos de Olimpíadas: pretendo ser Engenheira Química.
 
Lea da Silva Veras
Medalha de Bronze na VI Olimpíada Ibero-americana de Química, Caracas - 2000

 

        Muito mais do que boas colocações, medalhas e diplomas, as Olimpíadas de Química são feitas com empenho, dedicação e, por que não, paixão de seus participantes, professores e organizadores.
        Hoje estou cursando Engenharia Química na Universidade Federal do Ceará, e posso dizer que as Olimpíadas de Química são apenas o passo inicial para qualquer futuro brilhante junto a esta área da Ciência. Assim, esta enorme experiência de busca do conhecimento foi fator determinante na escolha de minha profissão, pois com esses poucos anos de convívio com a Química tive a certeza de que este “caso de amor” se manteria por longos e duradouros anos.
 
Michel Ângelo Fernandes Ferreira Lima
Medalha de ouro na VI Olimpíada Norte/Nordeste de Química
Medalha de Prata na VI OIAQ, Caracas - 2000

 

        De fato, costumo dizer que as Olimpíadas me trouxeram conseqüências altamente positivas, dentre elas, o despertar do meu interesse pela Química, uma melhora considerável no nível dos meus estudos (inclusive em disciplinas além da Química), um primeiro contato com a universidade, uma convivência mais estreita com os professores; e, principalmente, a elevação da minha auto-estima, e os hábitos de ler, escrever e estudar adquiridos. Foi por intermédio da Química que consegui meu primeiro emprego, ministrar aulas em cursinho. Gostaria de ressaltar também que, devido às Olimpíadas, tive a oportunidade de participar da 2000 American Chemical Society Pan-American Conference, onde selei contatos com estudantes e professores, que duram até hoje.
        Atualmente, sou estudante de Engenharia de Processos da Ecole Nationale Supérieure des Industries Chimique (ENSIC) do Institut National Polytechnique de Lorraine (INPL).
 
Expedito José de Sá Parente Júnior
Indicado pela OBQ para representar o Brasil na
2000 American Chemical Society Pan-American Conference

 

         Confesso que não me apaixonei, de imediato, por essa ciência, foi necessário descobrir sua beleza aos poucos, em cada aula, cada ensinamento dos professores. Essa descoberta mais profunda só foi possível graças à Olimpíada de Química.  
 
        Dizer que a Olimpíada de Química foi importante na minha escolha profissional, na minha vida, seria injusto. Na verdade, ela foi fundamental. Hoje, como professor entusiasmado, procuro despertar nos meus alunos a curiosidade, o interesse a paixão por essa ciência.
 
Prof. Felipe Custódio
Mestre em Química pela Universidade Federal do Ceará

 

        Muito mais do que medalhas, diplomas e troféus, a Olimpíada tem proporcionado a seus participantes a incrível e gratificante experiência de dedicar-se ao estudo da Química. Através desta instigante fórmula de estímulo ao aprendizado, conseguíamos não apenas gostar de Química, mas vê-la e aplicá-la nas diversas situações do cotidiano, das mais comuns aos enigmas até então incompreendidos
        O aprendizado de Química e o raciocínio científico são as maiores heranças contabilizadas após esse ano de jornada. Nos meus três anos de Olimpíada de Química – meus últimos como estudante colegial – cada noite de preparação, cada hora dedicada ao estudo e cada vitória alcançada têm seu lugar reservado nas lembranças do hoje universitário, prestes a alçar novos vôos. Ainda hoje, é agradável encontrar os amigos da época de Olimpíada e lembrar antigas e sempre boas experiências.
 
Miguel Ângelo Gomes Borges Leal
1º lugar na Olimpíada Cearense de Química – Modalidade I – 1993